segunda-feira, 21 de março de 2016

SESSÃO 05: Sensibilização para diferentes tipos de abordagem clínica e a importância da observação com apresentação de dois vídeos diferentes Anamnese Psiquiátrica e Sessão de Terapia

a)     Ambiente em que a entrevista se dá: quais são os equipamentos disponíveis? Mobiliário? Que impacto esse ambiente pode ter na percepção do sujeito atendido?

O ambiente da anamnese psiquiátrica é um consultório, no qual o mobiliário é o convencionalmente encontrado, e onde a mesa se apresenta como uma barreira física que distancia o profissional de saúde do paciente, possivelmente causando algum tipo de nervosismo ou ansiedade no paciente.
O ambiente da sessão de terapia foi uma sala de uma residência, composta por móveis de cores neutras, e que trazia um certo conforto, harmonia e calma para o paciente. Os móveis estavam dispostos de modo que o profissional de saúde e o paciente teriam um campo de visão claro um do outro, mas a distância, neste caso, tornava-se a barreira física entre eles, demarcada pela presença de uma pequena mesinha no centro da sala.

b)     Apresentação do profissional de saúde: Como se veste? Como cumprimentou o sujeito? Como se apresentou? Que impacto essa apresentação pode ter na percepção do sujeito atendido?

O psiquiatra apresentou-se todo vestido de branco, se apresentou e cumprimentou o sujeito de forma natural, no entanto, manteve-se sentado na sua cadeira. Este profissional fez a seguinte pergunta: “Você já é doente a quanto tempo?”, deixando na percepção do sujeito atendido já o impacto dele ser doente.
O psicólogo usava vestimentas formais, semelhantes às do paciente, abriu a porta da residência, cumprimentou o paciente e mandou-o entrar, havendo assim, um maior contato humano, e trazendo um pouco de naturalidade, acolhimento e tranquilidade à consulta. Este profissional perguntou: “Como você se sente?”, deixando assim o paciente explanar e não inferindo sobre seu estado de saúde-doença. 

c)     Apresentação do sujeito: Como se veste? Como cumprimentou o profissional? Como se apresentou? Que impacto essa apresentação pode ter na percepção e na construção de hipótese diagnóstica pelo profissional?

O sujeito da consulta psiquiátrica usava vestimentas mais simples, comuns do dia-a-dia, cumprimentou o profissional com respeito e trazia uma certa submissão ao responder às perguntas do psiquiatra. Este sujeito possuía uma dificuldade de fala e raciocínio, talvez decorrente de sua enfermidade, talvez decorrente de medicamentos utilizados, alicerçando assim, a percepção do profissional na hipótese diagnóstica.
O sujeito da sessão de terapia apresentou-se bem vestido, bastante esclarecido e direto sobre o seu objetivo e desejo a ser alcançado para o término daquela sessão. Assim, o psicólogo teve a percepção durante a sua construção de hipótese diagnóstica sobre os recursos que poderia utilizar para se alcançar o motivo da angústia, assim como, para ajudá-lo na compreensão de si mesmo.
  
d)     Tipos, formatos e quantidades de perguntas realizadas por ambos os profissionais.

O psiquiatra utilizou a entrevista clínica composta por várias perguntas já estabelecidas para a obtenção dos dados e a construção do perfil do paciente.
O psicólogo utilizou a narrativa livre, composta por poucas perguntas, possibilitando ao paciente falar livremente, e o uso do eco para incentivar o prosseguimento das explanações.

e)     Entonação de voz dos profissionais.

Ambos os profissionais utilizaram a entonação baixa e direta, sem traços de emoções.

f)      Comportamento não verbal dos profissionais e dos sujeitos: o que a postura corporal e as expressões faciais indicam? Estão em sintonia?

O psiquiatra mantinha-se praticamente do mesmo modo, alterando apenas em escrever e a voltar a olhar e se comunicar com o paciente.
O psicólogo utilizou também de linguagem corporal, em se mexer para frente e para trás para dar ênfase em perguntar e ouvir.


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