A partir
do quadro de dor nas articulações, que se manifestou há uma semana, pode-se
inferir vários diagnósticos possíveis à moça de 24 anos. Todavia, podemos
afastar a depressão como hipótese, por se tratar de uma doença onde a pessoa
não costuma procurar atendimento médico, visto que encontra-se em um quadro de
desânimo e desesperança, mas é importante observar o quadro emocional da
paciente para ter a certeza de que não se trata de depressão. Podemos afastar
também, a doença celíaca, pelo fato de que a paciente, até o momento, não
apresentou os principais sintomas da doença, que são diarreia e dor abdominal e
porque a tal doença não costuma causar febre. Afastamos também, a gripe, pois a
paciente não relata nenhum sintoma relacionado ao sistema respiratório, tais como,
espirros, corrimento nasal, tosse, dentre outros. Afastamos a osteoporose, pois
os pacientes que apresentam tal doença costumam apresentar a queixa de dor nas
articulações há anos, além disso, ela acomete outros ossos, e não apenas as articulações,
e não apresenta febre. Já a Síndrome da
Fadiga Crônica, afastamos pois a paciente não apresenta o principal sintoma que
é a fadiga e apresenta febre que também não está associada a essa patologia. E
por último, afastamos a Doença de Lyme, pois não há relato de eritema, que se
apresenta em até 80% dos casos. Nesse sentido, os prognósticos possíveis que
podem estar relacionados aos sintomas que a paciente apresenta são: Artrite,
Doença de Crohn, Leucemia, Lúpus, Febre reumática e Chikungunya. Uma outra hipótese pouco provável, mas que a
princípio não pode ser afastada é a Hemocromatose, que apresenta um
quadro de fadiga, e mudanças na coloração da pele, e sinais de diabetes, na
maioria dos casos, e raramente causa febre, porém antes de afastá-la é preciso
coletar o hemograma da paciente para verificar se ela realmente não possui a
doença.
Ao
apresentar Hemograma normal, já podemos excluir a hipótese de Leucemia e a
Hemocromatose. Além disso, como os exames de fator reumatoide, FAN, VHS, VDRL,
e a bioquímica usual foram considerados normais, podemos excluir as hipóteses
de Febre Reumática e Lúpus. E como as
dores cessaram espontaneamente em poucos dias, podemos inferir que não se trata
de um quadro de Chikungunya, visto que a pessoa que é acometida por essa
doença, apresenta um quadro de dor que perdura por muito tempo, podendo durar
meses, ou até anos, sendo necessário fazer uso de medicamentos para aliviar o
sintoma. Apesar de, até o momento, a paciente não apresentar nenhuma queixa de
diarreia, ainda é preciso atentar-se para a possibilidade de se tratar da Doença
de Crohn, por ser uma doença difícil de ser diagnosticada, pois os sintomas
variam entre os pacientes, e os sintomas referentes ao aparelho
gastrointestinal surgem no decorrer do tempo. Nesse sentido, faz-se necessário
continuar acompanhando a paciente, para observar o surgimento de tais sintomas,
e prescrever exames de imagem específicos, como o raio X e a endoscopia para
investigar se a paciente foi acometida com a doença. Além disso, apesar das
dores terem desaparecido, a suspeita de Artrite persiste, pois existem
casos em que as dores são intermitentes, ou seja, desaparecem por algum período.
Assim, faz necessário realizar exames específicos para o diagnóstico correto do
problema que acomete a paciente.
A partir dos episódios de dor
abdominal, vômitos e constipação, associado a ausência de ruídos hidroaéreos,
pode-se inferir um quadro de obstrução intestinal, que representa uma
complicação resultante da Doença de Crohn. A hemoglobina abaixo do normal
comprova a existência de doença crônica. O VCM de 87, indica que há um caso de
anemia por doença crônica. Os valores de albumina abaixo do normal estão
sugerindo condições nas quais o organismo não absorve nem digere corretamente
as proteínas, outro fator comprovatório da doença de Crohn. Nesse sentido, os
exames de colonoscopia com biópsia e a ultrassonografia confirmam a inflamação
intestinal, que caracteriza a Doença de Crohn.
Sites
consultados:
http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20osteoporose.pdf
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