segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

SESSÃO 01: BUSCA INTERNET I --> CONHECENDO O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS


  •     PROPEDÊUTICA: 
sf (do gr propaideúo). Estudo ou instrução preparatória: Propedêutica médica. Introdução ou prolegômenos de uma ciência” (Michaellis, 2016).

É o preparo de um aluno para exercer uma arte ou ciência. A propedêutica médica, além disso, constitui-se das estratégias básicas aplicadas pelo clínico para a obtenção de informações sobre os sintomas do paciente via comunicação verbal (anamnese), observação de sinais através da inspeção ou através de manobras semiológicas (exame físico), previamente ao uso de recursos tecnológicos para complementação diagnóstica (exames complementares). Através dela inicia-se o elo da relação entre o médico e o paciente através do contato verbal e físico, além dos questionamentos pelo atendente quanto às necessidades físicas, mentais, sociais, legais e espirituais do atendido. Este processo demanda tempo e atenção bilateralmente e encontra-se alijado pela pressa, impaciência e demanda financeira dos novos tempos” (Silva, 2013, pg. 76).

  •   MÉDICO: 
adj (lat medicu)Que pertence ou se refere à Medicina; medicinal. Que tem por assunto a Medicina.  O que exerce ou pode exercer legalmente a Medicina; clínico. Tudo que pode conservar ou restituir a saúde. M. assistente: a) o que trata regular e efetivamente do enfermo; b) o que auxilia outro nas operações. M.-cirurgião: aquele que se dedica à cirurgia. M.-especialista: o que se especializou no conhecimento de determinados órgãos ou aparelhos e no diagnóstico e tratamento das afecções exclusivas deles. M. espiritual: confessor; diretor espiritual. M.-feiticeiro, Sociol: indivíduo que, entre povos primitivos, se especializou na arte de curar doentes aplicando-lhes práticas mágicas, acrescidas, às vezes, de medicações empíricas e rudimentares. M. legista: o que se dedica à medicina legal. M. operador: o mesmo que médico-cirurgião” (Michaelis, 2016).

Segundo o Art. 2º da Lei Nº 12.842 de 10 de julho de 2013 que dispõe sobre o exercício da Medicina, médico é o profissional que tem como objeto de atuação “a saúde do ser humano e das coletividades humanas, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o melhor de sua capacidade profissional e sem discriminação de qualquer natureza”.
Parágrafo único. O médico desenvolverá suas ações profissionais no campo da atenção à saúde para:
I - a promoção, a proteção e a recuperação da saúde;
II - a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças;
III - a reabilitação dos enfermos e portadores de deficiências”. 

  • CLÍNICA: 
“sf (gr kliniké)Med Preleção de instrução médica feita em um hospital ao lado da cama de pacientes que servem de objeto de estudo. Prática ou exercício da Medicina. Estabelecimento onde são admitidos doentes para tratamento por um grupo de médicos de diversas especialidades, que praticam a Medicina em conjunto. Clientela de um médico” (Michaelis, 2016).

“O termo “clínica” diz respeito à observação que se faz à cabeceira do doente. Observação certamente interessada porque coloca questões e sistemática porque formula hipóteses e tenta verificá-las conforme certas regras” (Aguiar, 2001, pg. 610).  

  •   DOENÇA: 
“sf (lat dolentia). Falta de saúde, enfermidade, indisposição, moléstia. Processo mórbido definido, com sintomas característicos, que pode afetar o corpo todo ou uma ou várias de suas partes. Mal. Defeito, vício. Mania. Alterações patológicas das plantas. Tarefa laboriosa ou difícil” (Michaelis, 2016).

“A doença é interpretada pela concepção biomédica como um desvio de variáveis biológicas em relação à norma. Este modelo, fundamentado em uma perspectiva mecanicista, considera os fenômenos complexos como constituídos por princípios simples, isto é, relação de causa-efeito, distinção cartesiana entre mente e corpo, análise do corpo como máquina, minimizando os aspectos sociais, psicológicos e comportamentais. Se, por um lado, baseados nestes princípios, foram conquistadas importantes transformações, a partir do século XIX, como o nascimento da clínica, a teoria dos germes de Pasteur e até os recentes sucessos nos estudos de genética, imunologia, biotecnologia; por outro têm sido desprezadas as dimensões humana, vivencial, psicológica e cultural da doença” (Caprara & Franco, 1999, pgs. 650-651). 

  •   PACIENTE: 
“(lat paciente)Que tem paciência. Feito com paciência: Trabalho paciente. Manso, pacífico. Sobre que recai ou se exerce a ação de um agente. Pessoa que espera com calma, que persevera com ânimo sereno. Pessoa enquanto na dependência do médico, mesmo para simples exame. Pessoa em que se pratica uma operação cirúrgica. Pessoa que padece ou vai padecer. Aquele que recebe a ação praticada por um agente” (Michaelis, 2016).

“A palavra “paciente” traz implícita a idéia de uma passividade e de uma posição hierarquicamente inferior, que muitas vezes está na origem do fracasso terapêutico” (Soar Filho, 1998, pg. 35). 

  •  CUIDADO: 
“Pensado, meditado, refletido: Gesto cuidado. Bem trabalhado, bem feito, apurado. Antôn: descuidado. Desvelo, diligência, solicitude, atenção. Precaução, vigilância, atenção. Conta, incumbência, responsabilidade. Inquietação de espírito; preocupação. Pessoa ou coisa objeto de desvelos, precauções ou inquietações. Tratar ou manejar com precaução. Tomar cuidado: precaver-se; ter cautela” (Michaelis, 2016).

“Normalmente quando se fala em cuidado de saúde, ou cuidado em saúde, atribui-se ao termo um sentido já consagrado no senso comum, qual seja, o de um conjunto de procedimentos tecnicamente orientados para o bom êxito de um certo tratamento. (...) uma interação entre dois ou mais sujeitos visando o alívio de um sofrimento ou o alcance de um bem-estar, sempre mediada por saberes especificamente voltados para essa finalidade” (Ayres, 2004, pg. 74).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR F. 2001. Método clínico: Método clínico? Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 14, p. 609-616.

AYRES JRCM. 2004. Cuidado e reconstrução das práticas de Saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 8, p. 73-92.

BRASIL. Lei Nº 12.842 de 10 de julho de 2013. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12842.htm>

CAPRARA A & FRANCO ALS. 1999. A relação paciente-médico: para uma humanização da prática médica. Caderno de Saúde Pública, v. 15, p.647-654.

MICHAELIS – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 2016. Editora Melhoramentos Ltda. Formato Digital. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://www.michaelis.com.br>

SILVA GAR. 2013. O processo de tomada de decisão na prática clínica: a medicina como estado da arte. Revista Brasileira de Clínica Médica, v. 11, p. 75-79.


SOAR FILHO EJ. 1998. A interação médico-paciente. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 44, p. 35-42.

Nenhum comentário:

Postar um comentário