segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

SESSÃO 02: BUSCA INTERNET III --> Diferenciar conceitos semiológicos

- SINAL:
“Sinal vem do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio. Os sinais são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos naturais. Exs: Mobilidade dental, tumefação na face (abcesso, tumor), úlceras na mucosa bucal (aftas), mal hálito, etc” (FOP/Unicamp, 2016, pg 01).

-SINTOMA:
“Sintoma origina-se do grego “sympitien”, que significa acontecer. São manifestações subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. Ex.: dor, náusea, cansaço, prurido, dormência, etc” (FOP/Unicamp, 2016, pg 01).

-SÍNDROME:
“Conjunto de sinais e sintomas associados a diferentes processos patológicos e que, juntos, formam o quadro de uma doença” (Michaelis, 2016).
  
-DIAGNÓSTICO:
“Qualificação dada por um médico a uma enfermidade ou estado fisiológico, com base nos sinais que observa” (Michaelis, 2016).

““O diagnóstico é uma atividade unitemporal realizada em determinado instante do processo clínico e representa o nome ou a identificação do processo mórbido presente” (Tommasi, 2013, pg 6).

- PROGNÓSTICO:
“Que assinala a probabilidade de evolução de uma doença. Med. Parecer do médico acerca da evolução e/ou prováveis consequências de uma doença; prognose” (Michaelis, 2016).

“O prognóstico, por sua vez, é multitemporal, devendo o clínico vaticinar com base nos dados obtidos, a evolução do caso ao longo do tempo” (Tommasi, 2013, pg 6).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FOP/UNICAMP. Patologia Geral – DB-301, Unidade II. Áreas de Semiologia e Patologia. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un1_ExameClinico.pdf>

MICHAELIS – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 2016. Editora Melhoramentos Ltda. Formato Digital. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://www.michaelis.com.br>


TOMMASI MH. Diagnóstico em patologia bucal. 4ª Ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2013, 463 p.

SESSÃO 02: TEXTO (50 A 100 PALAVRAS) SOBRE A ATIVIDADE ACERCA DO ZIKA VÍRUS NO CID-10.

O Zika está classificado no código A92.8 como outras febres virais especificadas transmitidas por mosquitos. Neste âmbito, esta equipe propôs que esta doença fosse individualizada, criando-se o código B98, e inserindo-a no grupo de doenças infecciosas e parasitárias, assim como, subdividi-la em B98.1 – Assintomática física, mas positiva por sorologia viral, B98.2 – Febre Clássica do Zika Vírus, B98.3 – Febre associada a síndrome de Guillain-Barré, B98.4 – Febre associada a microcefalia. Ressalta-se que em 2015 a OMS solicitou a sua inserção em Códigos para Propósitos Especiais, recebendo a codificação de U06 – Doença pelo Zika Vírus, e U06.9 – Doença pelo Zika Vírus não especificada.

SESSÃO 02: TEXTO (50 A 100 PALAVRAS) REFERENTE A REFLEXÃO CRÍTICA ACERCA DA LÓGICA UTILIZADA NA CID-10.

As classificações feitas inicialmente possuíam caráter mais associado a critérios de mortalidade, não sendo abrangentes e deixando várias lacunas que não permitiam uma organização eficiente. Assim, a CID-10 ao incluir os problemas relacionados à Saúde, possibilitou a inclusão de critérios de morbidade, fornecendo códigos para as classificações de doenças, sinais, sintomas, queixas, aspectos anormais, causas externas, entre outros. Desta forma, esta classificação tornou-se mais ampla, e isso ficou evidente no número de codificações que foram inseridos. No entanto, ainda existe muito o que estudar, identificar, conhecer, para então poder codificar, deste modo, atualizações sempre serão necessárias.

SESSÃO 02: TEXTO (50 A 100 PALAVRAS) REFERENTE A DISCUSSÃO SOBRE O TEXTO DE BORGES.

O homem sempre buscou codificar o meio a sua volta, desde a criação dos numerais e o alfabeto, até as classificações botânicas e o universo. O conhecimento tornou-se fonte de poder e de dominação, sendo arbitrário por não conseguir organizar e universalizar tudo o que existe, pois o desconhecido é vasto e denso, e ao mesmo tempo, é autoritário, visto que controla e dita as regras da sociedade.  A organização e a codificação do conhecimento não são práticas fáceis, já que a heterogeneidade garante a supremacia de uns sobre os outros.

SESSÃO 02: SÍNTESE SOBRE O TEXTO DE BORGES (50 A 100 PALAVRAS).

Wilkins fora um intelectual do século XVII que propusera a necessidade de um idioma universal. Assim como Descartes demonstrara à tendência de renovação das coisas pela adoção da análise, defendendo a sistematização dos algarismos decimais, onde se poderia organizar e aprender a nomear todas as coisas até o infinito escrevendo um idioma novo, Wilkins também propusera ser possível construir um idioma universal baseado na análise: o idioma analítico. O texto trata de criticar a linguística vigente daquela época como um problema, ao qual Wilkins condenava por estar possuída por toscos símbolos arbitrários além de não ser formada de letras significativas.

SESSÃO 02: TEXTO (50 A 100 PALAVRAS) REFERENTE AO CONHECIMENTO SOBRE AS DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES NOSOLÓGICAS.

A nosografia permitiu-nos explicar e descrever as doenças, enquanto a nosologia deixou-nos estuda-las e classifica-las. Neste âmbito, os modos de classificação, seja por curso clínico, fator etiológico, região anatômica ou por sistemas, acarretaram na padronização e na codificação das doenças. Além disso, na busca por algo mais abrangente, houve a inclusão de problemas relacionados à Saúde e subdivisões em áreas específicas, como a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) e a CID-O (Classificação Internacional de Doenças para Oncologia). Existem ainda, a CIF (Classificação Interacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde) e CIAP (Classificação Internacional de Atenção Primária).

SESSÃO 02: AVALIAÇÃO DOS OBJETIVOS DA SESSÃO 02

1.    Promoveu entre a/aos estudantes uma compreensão inicial e panorâmica dos principais modelos de Enfermidade-Doença?

Os discentes compreenderam a temática abordada, visto que os assuntos foram introduzidos de forma coerente, permitindo assim uma visão introdutória e panorâmica de forma clara e satisfatória.

2.    Compreendeu as diferenças e complementaridades entre conceitos de Doença, Enfermidade, Moléstia, Incapacidade, disfunção?

Tais conceitos foram apresentados, no entanto, é válido que os discentes busquem leituras complementares para poder embasar o conhecimento.

3.    Capacitou os estudantes para a distinção entre tipos de enfermidade por curso clínico, fator etiológico, sistema corporal e outras tipologias?

Os tipos de enfermidades foram pesquisados, o que permitiu aos discentes distingui-las e se familiarizar com as classificações existentes. No entanto, cabe um debate mais aprofundado para uma melhor compreensão sobre o tema.

4.    Introduziu critérios e configurações de patologia e classificações nosológicas essenciais para a compreensão dos modelos de prática clínica, com foco na CID-10?

Os critérios de nosologia e nosografia foram apresentados, assim como, o contexto histórico das situações de saúde até o surgimento das primeiras formas de classificações padronizadas de doenças, ressaltando a importância da CID-10.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

SESSÃO 01: BUSCA INTERNET II --> DIFERENCIANDO TIPOS DE ENFERMIDADE


  •   ENFERMIDADE 
“Enfermidade como o que o paciente sente quando ele vai ao médico e doença como o que o paciente tem ao voltar para casa do consultório médico. Doença, então, é algo que um órgão tem; enfermidade é algo que um homem tem. Enfermidade se refere à resposta subjetiva do paciente ao fato de não estar bem; como ele e aqueles ao seu redor percebem a origem e o significado desse evento; como isso afeta seu comportamento ou relacionamentos com outras pessoas; e os passos que ele toma para remediar essa situação” (Helman & Middlesex, 2009, pg. 120).

  •   ENFERMIDADE POR CURSO CLÍNICO:

DOENÇA AGUDA:
“Aquela cujos sintomas evoluem rapidamente, com características mais ou menos violentas, atingindo logo um estado crítico a que, em geral, se segue a recuperação ou a morte” (Michaelis, 2016).

 DOENÇA CRÔNICA:
“Aquela que, no início, apresenta sintomas pouco perceptíveis, evoluindo lentamente, com longa duração e terminando, em geral, com a morte” (Michaelis, 2016).

“As doenças crônicas compõem o conjunto de condições crônicas. Em geral, estão relacionadas a causas múltiplas, são caracterizadas por início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com longa ou indefinida duração. Apresentam curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar incapacidades. Requerem intervenções com o uso de tecnologias leves, leve-duras e duras, associadas a mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que nem sempre leva à cura” (Brasil, 2013, pg. 5).
  
 DOENÇA RECORRENTE:
“Recidiva pode ser definida como o reaparecimento da doença no sítio da doença anterior (recorrência) e/ou em novos sítios (extensão) após uma terapia inicial e uma resposta completa” (Yahalom et al., 2000, pg. 1291).

 DOENÇA INTERMITENTE: 
“Que tem interrupções ou sofre intermitências; que para durante intervalos. Diz-se da febre que se manifesta por acessos intervalados” (Michaelis, 2016). 

  •  ENFERMIDADE POR FATOR ETIOLÓGICO:

 DOENÇA INFECCIOSA:
“Quando o agente infeccioso penetra, multiplica-se ou desenvolve-se no hospedeiro, sem causar danos nem manifestações clínicas, considera-se a infecção subclínica, inaparente ou assintomática. Outras vezes, porém, por ação mecânica, por toxinas, por reação inflamatória ou hipersensibilidade ocorre o conflito parasito-hospedeiro, com destruição tissular e manifestações clínicas e patológicas, caracterizando a doença infecciosa” (Biblioteca Virtual em Saúde, 2016).

 DOENÇA DEGENERATIVA:
“São doenças progressivas e que interferem na qualidade de vida de seus portadores” (Fowler & Sá, 2009, pg. 225).

 DOENÇA NEOPLÁSICA:
“Processo patológico de crescimento celular descontrolado, que resulta na formação de tumor. Que se refere a neoplasia. Que apresenta neoplasia” (Michaelis, 2016).

DOENÇA METABÓLICA:
“São doenças que afetam todo o organismo e podem se manifestar em qualquer faixa etária (...) Os erros inatos do metabolismo (EIM) são distúrbios de natureza genética que geralmente correspondem a um defeito enzimático capaz de acarretar na interrupção de uma via metabólica. Ocasionam, portanto, alguma falha de síntese, degradação, armazenamento ou transporte de moléculas no organismo. Tais erros do metabolismo são considerados a causa das Doenças Metabólicas Hereditárias (DMH) em que a ausência de um produto esperado, acúmulo de substrato da etapa anterior interrompida ou o surgimento de uma rota metabólica alternativa podem levar ao comprometimento dos processos celulares” (El Husny & Fernandes-Caldato, 2006, p. 41).

 DOENÇA TÓXICA:
“São síndromes que têm como agente uma toxina ou uma substância química. A presença de substâncias químicas tóxicas, como os pesticidas, pode ser consequência de uso indevido na produção primária de vegetais e animais. Produtos tóxicos, como os resíduos de drogas veterinárias, medicamentos antiparasitário, antibióticos e determinadas classes de hormônios não tolerados podem causar intoxicação, por falha na aplicação e no cumprimento do período de carência. Os contaminantes inorgânicos (metais pesados, como mercúrio, chumbo e cádmio) podem estar presentes como consequência de seu uso na composição de alguns pesticidas ou por dejetos industriais e de mineração no meio ambiente” (Gava et al., 2008, pg. 130).

 DOENÇA GENÉTICA:
“Genetic diseases are caused by abnormalities in a person’s DNA. These can be as simple as a single nucleotide mutation in a single gene, or as complex as deletions and rearrangements of parts of or entire chromosomes” (Hentze & Muckenthaler, 2009, pg. 53).

“Doenças genéticas são causadas por alterações no DNA dos indivíduos. Estas alterações podem ser simples, como uma mutação em um único nucleotídeo em um gene, ou complexas, como deleções e rearranjos de partes cromossômicas ou de cromossomos inteiros”.

 DOENÇA PSICOGÊNICA:
“O termo ‘psicogênico’ deriva do grego e significa “criado pela alma”. De fato, nos distúrbios de natureza psicogênica, não se encontra nenhuma lesão estrutural ou alteração neuroquímica conhecida. Portanto, trata-se de um desafio tanto diagnóstico quanto terapêutico” (Rosso et al., 2010, pg. 51).

 DOENÇA IDIOPÁTICA:
“Afecção que tem causa desconhecida e da qual se diz ser gerada por si mesma” (Michaelis, 2016).

“Terão causa indefinida após uma investigação detalhada” (Criado et al., 1999, pg. 349).

  •  OUTROS: 
 DOENÇAS NEGLIGENCIADAS
O significado original de “não escolhida”, “não lida”, foi absorvendo mudanças e, hoje, carrega a interpretação de “menosprezo”, “pouca atenção” e “descaso”. Essas doenças não despertam o interesse da indústria farmacêutica, por falta de demanda e não recebem para sua pesquisa e estudo, um apoio significativo. É uma situação “viciosa”, o menos conceituado por falta de conhecimento justificando o menos conhecido por falta de recursos” (Souza, 2010, pg. X).

DOENÇAS SISTÊMICAS
“São doenças internas” (Criado et al., 1999, pg. 349).

“Que afetam o organismo como um todo ou grande parte dele” (Michaelis, 2016).

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS EMERGENTES E REEMERGENTES
“Doenças transmissíveis emergentes são as que surgiram, ou foram identificadas, em período recente ou aquelas que assumiram novas condições de transmissão, seja devido a modificações das características do agente infeccioso, seja passando de doenças raras e restritas para constituírem problemas de Saúde Pública. Reemergentes, por sua vez, são as que ressurgiram, enquanto problema de Saúde Pública, após terem sido controladas no passado” (Brasil, 2005, pg. 16).

DOENÇAS TROPICAIS
“A designação se refere a doenças infecciosas que proliferam em condições climáticas quentes e úmidas” (Camargo, 2008, pg. 95).

DOENÇAS AUTOIMUNES
“As doenças autoimunes são causadas por uma resposta inadequada do sistema imune, que passa a reagir contra órgãos, tecidos ou células próprias, levando à sua destruição ou prejudicando sua função adequada” (Bueno & Silva, 1999, pg. 79).

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
“As doenças transmissíveis podem ser caracterizadas como doenças cujo agente etiológico é vivo e transmissível, podendo a infecção ser veiculada por um vetor, ambiente ou indivíduo” (Beserra et al., 2006, p. 403).

DOENÇAS OCUPACIONAIS
“A lista de doenças ocupacionais da Previdência Social constante do Anexo II do Decreto n. 3.048/99 indica o grupo dos chamados “transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho”, apontando como fatores dessas doenças problemas com o emprego e com o desemprego, condições difíceis de trabalho, ritmo de trabalho penoso, reação após acidente grave, reação após assalto no trabalho, desacordo com o patrão e colega de trabalho, circunstâncias relativas às condições de trabalho, má adaptação à organização do horário de trabalho, etc” (Teixeira, 2007, pg. 36). 
  
  • ENFERMIDADE POR SISTEMA, ÓRGÃO OU REGIÃO DO CORPO:
As enfermidades podem ser analisadas sob sua abrangência em conotação de instalação e/ou surgimento, e alojamento sob a perspectiva de influência e/ou atuação em órgãos e sistemas. Neste âmbito, pode-se conceituar enfermidade por sistema como sendo as doenças internas, “que afetam o organismo como um todo ou grande parte dele” (Michaelis, 2016); enfermidades por órgão podem ser definidas como àquelas que se limitam a determinados órgãos, sendo portanto, órgãos-específicas como a doença de Graves, que “ caracteriza-se por aumento difuso e hiperatividade da glândula tireoide (Andrade et al., 2004).
Nesta perspectiva de enfermidade sob distintos níveis de abrangência pode-se usar as doenças falciformes como exemplo (Zago & Pinto, 2007). Inicialmente as alterações ocorrem em nível micro, relacionadas a regiões específicas de moléculas e células, como mutações na hemoglobina; em seguida, a nível de tecidos e órgãos ocorrem alterações que resultam em isquemia, inflamação, lesão microvascular, entre outros; e a nível sistêmico acarreta em insuficiência de múltiplos órgãos, sendo ainda responsável, em nível macro de organismo por dor e anemia hemolítica.
Informações relevantes referentes às doenças podem ser conferidas na Classificação Internacional de Doenças (CID) (CID-10, 2016), a qual codifica as doenças e outros problemas relacionados a saúde, como apresentado na Tabela 01 (Castro & Carvalho, 2005). Nestes agrupamentos é possível identificar doenças associadas a órgãos específicos, como o grupo das doenças do fígado, que possuem código no CID-10 de K70 a K77; assim como, identificar doenças que estão associadas ao mesmo sistema, como as do sistema nervoso que possuem código no CID-10 de G00 a G99, e doenças que ocorrem em regiões específicas, como as doenças genitais femininas que possuem código de N60-N98.
  
 Tabela 01: Agrupamento das categorias na Classificação Internacional de Doenças (Castro & Carvalho, 2005).
  

   
  •   OUTROS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO: 
Além da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), existem outros critérios de classificação como o CID-O (Classificação Internacional de Doenças para Oncologia), CIF (Classificação Interacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde), CIAP (Classificação Internacional de Atenção Primária), e DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).
A CID-O tem sido utilizada “principalmente em registros de câncer para codificação topográfica e morfológica das neoplasias, e, geralmente é baseada no relatório e diagnóstico anátomo patológico” (CID-O/OMS, 2005, pg. 11). A CIF “não classifica pessoas, mas descreve a situação de cada pessoa dentro de uma gama de domínios de saúde ou relacionados com a saúde. Além disso, a descrição é sempre feita dentro do contexto dos fatores ambientais e pessoais” (CIF/OMS, 2004, p. 12). A CIAP é “uma poderosa ferramenta que permite classificar não só os problemas diagnosticados pelos profissionais da saúde, mas principalmente os motivos da consulta e as intervenções acordadas seguindo a sistematização SOAP (subjetivo, objetivo, avaliação e plano)” (CIAP/OMS, 2010, pg. Vii). O DSM “pode servir como orientação aos clínicos para identificar os sintomas mais proeminentes que devem ser avaliados ao se diagnosticar um transtorno” (DSM, 2014, pg. 5).

  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE VA, GROSS JL & MAIA AL. Iodo Radioativo no Manejo do Hipertireoidismo da Doença de Graves. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, 2004, v. 48, p. 159-165.

BESERRA EP, ARAÚJO MFM & BARROSO MGTB. Promoção da saúde em doenças transmissíveis – uma investigação entre adolescentes. Acta Paulista de Enfermagem, 2006, v. 19, p. 402-407.

BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE – BVS. 2016. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013, 28 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005, 320 p.

BUENO V & PPACHECO-SILVA. Tolerância oral: uma nova perspectiva no tratamento de doenças autoimunes. Revista da Associação Médica Brasileira, 1999, v. 45, p. 79-85.

CAMARGO EP. Doenças tropicais. Estudos Avançados, 2008, v. 22, p. 95-110.

CASTRO MSM & CARVALHO MS. Agrupamento da Classificação Internacional de Doenças para análise de reinternações hospitalares. Caderno de Saúde Pública, 2005, v. 21, p. 317-323.

CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE ATENÇÃO PRIMÁRIA – CIAP 2. World Organization of National Colleges, Academies, and Academic Associations of General Practitioners/Family Physicians Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP 2) / Elaborada pelo Comitê Internacional de Classificação da WONCA (Associações Nacionais, Academias e Associações Acadêmicas de Clínicos Gerais/Médicos de Família, mais conhecida como Organização Mundial de Médicos de Família); Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição, Gustavo Diniz Ferreira Gusso. – 2. ed. – Florianópolis: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2009, 200 p.

CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE – CID 10. 2016. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://www.medicinanet.com.br/cid10/a.htm>

CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS PARA ONCOLOGIA – CID - 0 – Classificação Internacional de Doenças para Oncologia / Organização Mundial de Saúde; editores Constance Percy, Valerie Van Holten, Calum Munir; tradução Fundação Oncocentro de São Paulo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Fundação Oncocentro de São Paulo, 2005, 249 p.

CLASSIFICAÇÃO INTERACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE – CIF - Classificação Interacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde/Organização Mundial de Saúde; Tradução e revisão Amélia Leitão. Lisboa, 2004, 238 p.

CRIADO RFJ, CRIADO PR, SITTART JAS, PIRES MC, MELLO JF & AUN WT. Urticária e doenças sistêmicas. Revista da Associação Médica Brasileira, 1999, v. 45, p. 349-356.

EL HUSNY AS & FERNANDES-CALDATO MC. Erros inatos do metabolismo: revisão de literatura. Revista Paraense de Medicina, 2006, v. 20, p. 41-45.

FOWLER DJ & SA AC. Humanização nos cuidados de pacientes com doenças crônico-degenerativas. O Mundo da Saúde, São Paulo, 2009, v. 33, p. 225-230.

GAVA AJ, SILVA CAB & FRIAS JRG. Tecnologia de alimentos: princípios e aplicações. São Paulo: Nobel, 2008, 513 p.

HELMAN CG & MIDDLESEX S. Doença versus Enfermidade na Clínica Geral. Campos, 2009, v. 10, p. 119-128.

HENTZE S & MUCKENTHALER M. Getting a gripo n genetic diseases. Science in School, 2009, v. 13, p. 53-58.  

MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS: DSM-5 / Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5 [American Psychiatric Association; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2014, 948 p.

MICHAELIS – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 2016. Editora Melhoramentos Ltda. Formato Digital. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://www.michaelis.com.br>

ROSSO ALZ, NICARETTA DH & MATTOS JP. Distúrbios do movimento Psicogênicos. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 2010, p. 51-55.

SOUZA W. Doenças negligenciadas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 2010, 56 p.

TEIXEIRA S. A depressão no meio ambiente do trabalho e sua caracterização como doença do trabalho. Revista Tribunal Regional do Trabalho, 2007, v. 46, p. 27-44.

YALOM J, MAUCH PM, CONNORS JM, CONSTINE LS, DEMING RL, DOSORETS DE, ELMAN AJ, HOPPE RT, PISTENMAA DA, PROSNITZ LR, WOLKOV HB, CHAUVEET A, GLICK JH & LEIBRL S. Doença de Hodgki recorrente. Colégio Brasileiro de Radiologia, 2000, p. 1291-1309.


ZAGO AM & PINTO ACS. Fisiopatologia das doenças falciformes: da mutação genética à insuficiência de múltiplos órgãos. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2007, v. 29, p. 207-214.

SESSÃO 01: BUSCA INTERNET I --> CONHECENDO O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS


  •     PROPEDÊUTICA: 
sf (do gr propaideúo). Estudo ou instrução preparatória: Propedêutica médica. Introdução ou prolegômenos de uma ciência” (Michaellis, 2016).

É o preparo de um aluno para exercer uma arte ou ciência. A propedêutica médica, além disso, constitui-se das estratégias básicas aplicadas pelo clínico para a obtenção de informações sobre os sintomas do paciente via comunicação verbal (anamnese), observação de sinais através da inspeção ou através de manobras semiológicas (exame físico), previamente ao uso de recursos tecnológicos para complementação diagnóstica (exames complementares). Através dela inicia-se o elo da relação entre o médico e o paciente através do contato verbal e físico, além dos questionamentos pelo atendente quanto às necessidades físicas, mentais, sociais, legais e espirituais do atendido. Este processo demanda tempo e atenção bilateralmente e encontra-se alijado pela pressa, impaciência e demanda financeira dos novos tempos” (Silva, 2013, pg. 76).

  •   MÉDICO: 
adj (lat medicu)Que pertence ou se refere à Medicina; medicinal. Que tem por assunto a Medicina.  O que exerce ou pode exercer legalmente a Medicina; clínico. Tudo que pode conservar ou restituir a saúde. M. assistente: a) o que trata regular e efetivamente do enfermo; b) o que auxilia outro nas operações. M.-cirurgião: aquele que se dedica à cirurgia. M.-especialista: o que se especializou no conhecimento de determinados órgãos ou aparelhos e no diagnóstico e tratamento das afecções exclusivas deles. M. espiritual: confessor; diretor espiritual. M.-feiticeiro, Sociol: indivíduo que, entre povos primitivos, se especializou na arte de curar doentes aplicando-lhes práticas mágicas, acrescidas, às vezes, de medicações empíricas e rudimentares. M. legista: o que se dedica à medicina legal. M. operador: o mesmo que médico-cirurgião” (Michaelis, 2016).

Segundo o Art. 2º da Lei Nº 12.842 de 10 de julho de 2013 que dispõe sobre o exercício da Medicina, médico é o profissional que tem como objeto de atuação “a saúde do ser humano e das coletividades humanas, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o melhor de sua capacidade profissional e sem discriminação de qualquer natureza”.
Parágrafo único. O médico desenvolverá suas ações profissionais no campo da atenção à saúde para:
I - a promoção, a proteção e a recuperação da saúde;
II - a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças;
III - a reabilitação dos enfermos e portadores de deficiências”. 

  • CLÍNICA: 
“sf (gr kliniké)Med Preleção de instrução médica feita em um hospital ao lado da cama de pacientes que servem de objeto de estudo. Prática ou exercício da Medicina. Estabelecimento onde são admitidos doentes para tratamento por um grupo de médicos de diversas especialidades, que praticam a Medicina em conjunto. Clientela de um médico” (Michaelis, 2016).

“O termo “clínica” diz respeito à observação que se faz à cabeceira do doente. Observação certamente interessada porque coloca questões e sistemática porque formula hipóteses e tenta verificá-las conforme certas regras” (Aguiar, 2001, pg. 610).  

  •   DOENÇA: 
“sf (lat dolentia). Falta de saúde, enfermidade, indisposição, moléstia. Processo mórbido definido, com sintomas característicos, que pode afetar o corpo todo ou uma ou várias de suas partes. Mal. Defeito, vício. Mania. Alterações patológicas das plantas. Tarefa laboriosa ou difícil” (Michaelis, 2016).

“A doença é interpretada pela concepção biomédica como um desvio de variáveis biológicas em relação à norma. Este modelo, fundamentado em uma perspectiva mecanicista, considera os fenômenos complexos como constituídos por princípios simples, isto é, relação de causa-efeito, distinção cartesiana entre mente e corpo, análise do corpo como máquina, minimizando os aspectos sociais, psicológicos e comportamentais. Se, por um lado, baseados nestes princípios, foram conquistadas importantes transformações, a partir do século XIX, como o nascimento da clínica, a teoria dos germes de Pasteur e até os recentes sucessos nos estudos de genética, imunologia, biotecnologia; por outro têm sido desprezadas as dimensões humana, vivencial, psicológica e cultural da doença” (Caprara & Franco, 1999, pgs. 650-651). 

  •   PACIENTE: 
“(lat paciente)Que tem paciência. Feito com paciência: Trabalho paciente. Manso, pacífico. Sobre que recai ou se exerce a ação de um agente. Pessoa que espera com calma, que persevera com ânimo sereno. Pessoa enquanto na dependência do médico, mesmo para simples exame. Pessoa em que se pratica uma operação cirúrgica. Pessoa que padece ou vai padecer. Aquele que recebe a ação praticada por um agente” (Michaelis, 2016).

“A palavra “paciente” traz implícita a idéia de uma passividade e de uma posição hierarquicamente inferior, que muitas vezes está na origem do fracasso terapêutico” (Soar Filho, 1998, pg. 35). 

  •  CUIDADO: 
“Pensado, meditado, refletido: Gesto cuidado. Bem trabalhado, bem feito, apurado. Antôn: descuidado. Desvelo, diligência, solicitude, atenção. Precaução, vigilância, atenção. Conta, incumbência, responsabilidade. Inquietação de espírito; preocupação. Pessoa ou coisa objeto de desvelos, precauções ou inquietações. Tratar ou manejar com precaução. Tomar cuidado: precaver-se; ter cautela” (Michaelis, 2016).

“Normalmente quando se fala em cuidado de saúde, ou cuidado em saúde, atribui-se ao termo um sentido já consagrado no senso comum, qual seja, o de um conjunto de procedimentos tecnicamente orientados para o bom êxito de um certo tratamento. (...) uma interação entre dois ou mais sujeitos visando o alívio de um sofrimento ou o alcance de um bem-estar, sempre mediada por saberes especificamente voltados para essa finalidade” (Ayres, 2004, pg. 74).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR F. 2001. Método clínico: Método clínico? Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 14, p. 609-616.

AYRES JRCM. 2004. Cuidado e reconstrução das práticas de Saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 8, p. 73-92.

BRASIL. Lei Nº 12.842 de 10 de julho de 2013. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12842.htm>

CAPRARA A & FRANCO ALS. 1999. A relação paciente-médico: para uma humanização da prática médica. Caderno de Saúde Pública, v. 15, p.647-654.

MICHAELIS – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 2016. Editora Melhoramentos Ltda. Formato Digital. Acessado em fevereiro de 2016. Disponível em: <http://www.michaelis.com.br>

SILVA GAR. 2013. O processo de tomada de decisão na prática clínica: a medicina como estado da arte. Revista Brasileira de Clínica Médica, v. 11, p. 75-79.


SOAR FILHO EJ. 1998. A interação médico-paciente. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 44, p. 35-42.